sábado, 29 de abril de 2017

Uma Análise do Livro 1984, de George Orwell, a Partir do Conceito de Totalitarismo de Hannah Arendt

Demorei para publicar, mas este foi o tema do meu TCC, onde me formei em História pela Universidade Estácio de Belo Horizonte.

Coloquei ele no SlideShare para poderem ler e compartilhar. Espero que gostem. Link no final da postagem.

Uma Análise do Livro 1984, de George Orwell, 
A Partir do Conceito de Totalitarismo de Hannah Arendt

As obras “1984”, de George Orwell, e “Origens do Totalitarismo” de Hannah Arendt, podem ser consideradas dois grandes marcos literários da história. Ambas discutem, cada uma a seu modo, as causas e conseqüências dos regimes facistas. Orwell, baseado no governo de Francisco Franco, na Espanha, e Arendt nas reflexões sobre o nazismo e o stalinismo, na Alemanha e União Soviética, respectivamente. O objetivo deste trabalho é tentar entender os pontos de encontro entre as duas obras já que um fala de um romance ficcional e outro de uma reflexão filosófica da realidade da Europa da 2ª Guerra Mundial.


LINK PARA O TEXTO:


Karol Almeida
karolalmeidarg@gmail.com

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bandeiras do Brasil

Hoje acordei, e olhei o Mapa Mundi que tem pendurado na minha parede 
(SIM, eu tenho uma mapa mundi na parede =P )
Nele tem as bandeiras de todos os países do mundo. 
Então pensei: Porque não criar um post sobre as Bandeiras do Brasil?
Então dei uma pesquisada, e já tivemos algumas bandeiras.. 
Ao todo, foram cerca de 5 bandeiras, e falarei de cada uma =D
****************************************
Bandeira Real (1500 - 1521)

Além a Bandeira da Ordem Militar de Cristo, as embarcações lusas usavam uma outra bandeira: a Bandeira Real. Embora fosse a oficial, essa bandeira cedia espaço para a da Ordem Militar de Cristo, sendo usada nas expedições no mar e nas embarcações. Essa bandeira foi criada durante o reinado de D. João II, o Príncipe Perfeito (1481 - 1495). Organizador da viagem ao Cabo da Boa Esperança foi em seu reinado que o Tratado de Tordesilhas foi assinado com a Espanha, dividindo o mundo em dois hemisférios. Muito semelhante à Bandeira da Ordem Militar de Cristo, já que, era branca e com a cruz dessa ordem, apresentava o escudo real sobreposto a ela. Esse escudo, presença marcante nas bandeiras até nossa independência e na bandeira portuguesa da atualidade é vermelho com sete castelos amarelos e no centro um campo branco seguindo a forma do escudo, com cinco escudetes azuis em cruz. Nesses pequenos escudos azuis estão representados cinco besantes em branco.

Bandeira de D. João III (1521 - 1616)

Após a morte de D. João II (1495), seu filho mais novo, D. Manuel, assumiu o trono português até seu falecimento em 1521. Sucedendo seu pai, D. João III (1521-1577), se tornou rei e durante seu reinado, introduziu a Companhia de Jesus e o Tribunal da Inquisição em Portugal. No Brasil implantou o sistema de Capitanias Hereditárias (1534) e o Governo-Geral (1549), além disso, criou uma nova bandeira: a Bandeira de D. João III.

Essa bandeira tem semelhança com a anterior e possui algumas inovações. Sobre as semelhanças, temos o campo branco e o escudo real presentes na bandeira anterior e sobre as inovações, temos a retirada da Cruz da Ordem de Cristo e a inclusão sobre o escudo real, de uma coroa real aberta.

O lábaro desse soberano, cognominado o "Colonizador", tomou parte em importantes eventos de nossa formação histórica, como as expedições exploradoras e colonizadoras, a instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e a posterior divisão do Brasil em dois Governos, com a outra sede no Maranhão.


Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)

Durante o reinado de D. João IV, um de seus filhos, Teodósio, recebeu o título de "Príncipe do Brasil", sendo que a partir dessa data (1645), todos os herdeiros da coroa portuguesa passaram a usar esse título. Como exemplo similar, temos o caso britânico, onde o herdeiro da rainha recebe o título de "Príncipe de Gales".

Desta forma, o Brasil foi elevado à categoria de Principado e ganhamos nossa primeira bandeira particular.

A Esfera Armilar é muito mais antiga que o Astrolábio (precursor do sextante ), teve sua invenção atribuida a ANAXIMANDRO DE MILETO (611-547 a.C.), filósofo grego que a idealizara para dar uma idéia dos movimentos aparentes dos astros. A Terra era figurada no centro em forma de um pequeno globo, circundada por 10 anéis de metal de armilas, móveis e ajustaveis, representando : o meridiano, o equador celeste; o horizonte; os dois coluros ( meridianos que passam pelos equinócios e pelos solistícios ); a eclítica, algumas vezes contendo o zodíaco, dividido em 12 partes de 30 graus cada, simbolizando os 12 signos zodiacais; os dois trópicos ( Câncer e Capricórnio); e os dois círculos polares ( Ártico e Antártico). Esta esfera era emprega nas escolas gregas onde se ensinava astronomia e a arte da navegação.

Bandeira do Regime Constitucional ( 1821- 1822)

Em 1815, Napoleão foi derrotado, porém, D. João e a corte portuguesa não regressaram à Portugal, como era de se esperar. Contudo, em 1820, os portugueses se revoltaram e realizaram a Revolução Constitucionalista do Porto e exigiram o retorno de D. João VI. Em 1821, o rei português retornou, não como um rei absolutista, mas como rei de uma monarquia constitucional. É nesse contexto, que as Cortes (parlamento português) criaram uma nova bandeira em 21de agosto de 1821: a Bandeira do Regime Constitucional.

Última bandeira lusa a tremular em terras brasileiras.

A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.

Bandeira Imperial do Brasil (1822 - 1889)

Recusando-se obedecer as ordens das Cortes Portuguesas, D. Pedro, a 7 de setembro de 1822, num sábado de céu azulado, às margens do riacho Ipiranga (Rio Vermelho - do tupi), em São Paulo, proclamou a emancipação política do Brasil, depois de proferir o brado de Independêcia ou Morte e de ordenar Laços Fora!, arrancando do chapéu o tope português, exclamou : "Doravante teremos todos outro laço de fita, verde e amarelo. Serão as cores nacionais ".

Nossa primeira bandeira nacional sofreu uma modificação após quase três meses de existência, transformando-se na Bandeira Imperial do Brasil em 1º de dezembro de 1822: "Havendo sido proclamada com a maior espontaneidade dos povos a Independência política do Brasil, e sua elevação à categoria de Império pela minha solene aclamação, sagração e coroação, como seu Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo: hei por bem ordenar que a Coroa Real que se acha sobreposta no escudo das armas estabelecido pelo meu imperial decreto de 18 de setembro do corrente ano, seja substituída pela Coroa Imperial, que lhe compete,a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído este rico e vasto Continente".

Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, era composta de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.

O autor da Bandeira do Império do Brasil, com a colaboração de JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, foi o notável pintor e desenhista francês JEAN BAPTISTE DEBRET - que teve grande participação na vida cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831.

Posteriormente, nos últimos anos do Segundo Império - Pedro II -, sem ato oficial, o número de estrelas aumentou para 20, em virtude da Província Cisplatina ter sido desligada do Brasil (1829), e da criação das Províncias do Amazonas (1850) e do Paraná (1853).

Bandeira Provisória da República (15 a 19 Nov 1889)

No dia 15 de novembro de 1889, a monarquia no Brasil chegava ao seu fim. Com um golpe militar comandado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, o Brasil se tornava uma república. Em substituição a Bandeira Imperial foi hasteada no mesmo dia, na redação do jornal "A Cidade do Rio" e na Câmara Municipal.

Conhecida como a bandeira do CENTRO REPUBLICANO LOPES TROVÃO, cópia da Norte-Americana, composta de sete listras verdes e seis amarelas, tendo no canto superior, junto à tralha, um quadrado de cor preta, contendo 20 estrelas de prata, simbolizando os vinte estados da época.

Com a partida de D. Pedro II e da Família Real para o exílio, em 16 de novembro de 1889, a bordo do NM ALAGOAS, foi usada a nova bandeira, com exceção do quadrado preto, que foi substituido por um azul.

Uma bandeira composta de 13 listras horizontais, sete verdes e seis amarelas; com um quadrado azul interrompendo as cinco primeiras faixas, com 21 estrelas de prata, (mantidas as 20 estrelas da anterior mais a do Município Neutro, futuro Distrito Federal), divididas em quatro grupos e quatro estrelas e mais um grupo com cinco.

É claro, que está visível a semelhança com bandeira dos Estados Unidos, e por isso mesmo, no momento do planejamento da bandeira definitiva da república, a semelhança com essa bandeira foi rechaçada.

Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a Proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.

Bandeira Nacional Brasileira (atual)

A quinta e última bandeira do Brasil veio com a Proclamação da República.

A bandeira do Brasil foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares.

Ela é inspirada na bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, com a esfera azul-celeste e a divisa positivista "Ordem e Progresso" no lugar da coroa imperial, deve-se a Benjamim Constant que o sugeriu a Raimundo T. Mendes. A expressão foi extraída da fórmula máxima do Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", que se decompõe em duas divisas usuais - Uma moral, 'Viver para outrém' (altruísmo - termo criado por Comte), ou seja, por o interesse alheio acima de seu próprio interesse, e outra estética, 'Ordem e Progresso', ou seja, cada coisa em seu devido lugar para a perfeita orientação ética da vida social. Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro, com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8:30 horas de 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da República. As estrelas foram inspiradas nas que, realmente, brilhavam no céu do Brasil, na histórica madrugada de 15 de novembro de 1889: "Espiga, Procium, Sirius, Canopus, Delta, Gama, Epsilon, Seta, Alfa, Antares, Lambda, Mu, Teta e outras".

Em 1992, uma lei alterou a bandeira para permitir que todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal estejam representados por estrelas.

O Hino a Bandeira Nacional
Olavo Bilac

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz.
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Sobre a imensa Nação brasileira
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor.

Você sabia que...
- uma bandeira em mau estado de conservação não pode ser hasteada. Deve ser entregue a uma unidade militar para ser incinerada no dia 19 de novembro.

- a Bandeira Nacional fica permanentemente hasteada na Praça dos Três Poderes em Brasília. Quando for substituída, só é arriada quando a nova for hasteada.

- em alguns locais, a bandeira deve ser hasteada todos os dias. São eles: palácio da Presidência da República; residência do presidente; Congresso Nacional; nos ministérios; no Supremo Tribunal Federal; nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; em repartições consulares; em repartições federais, estaduais e municipais situadas na faixa da fronteira etc. Tradicionalmente, a bandeira é hasteada às 8h da manhã e arriada às 18h. Se ficar hasteada durante a noite, deve estar iluminada.

- Não é permitido hastear bandeira de outro país em terras brasileiras se ao lado não estiver a Bandeira Nacional de igual tamanho e posicionada ao lado direito. A exceção é somente para embaixadas e consulados.

Armas Nacionais:

As Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) representam a glória, a honra e a nobreza do Brasil e foram criadas na mesma data que a Bandeira Nacional. O uso das armas é obrigatório nos edifícios-sede dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos governos federal, estaduais e municipais, além dos quartéis militares e policiais e em todos os papéis oficiais de nível federal (publicações, convites etc.).

As armas são formadas por um escudo redondo sobre uma estrela de cinco pontas e uma espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul. Há um ramo de café à esquerda e um de fumo à direita. A data que aparece nas armas, como você deve saber, é a proclamação da República.


Selo Nacional:

A finalidade do Selo Nacional é a autenticação dos documentos oficiais. Seu uso é obrigatório em qualquer ato do governo e em diplomas e certificados escolares.
Ele reproduz a esfera que existe na Bandeira Nacional. (L.L.)


***********************************
Tá.. eu sei que extrapolei um pouco.. MAS.. acho tudo isso MUITO interessante.
A história do Brasil é LINDA =D

Então, por hoje é isso.. 
E fiquem a vontade de comentar, reclamar ou questionar qualquer post.
Obrigada,
Karol Almeida.


Fonte: 







quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

“La Cucaracha”


Me desculpem, desse eu não sabia, e resolvi literalmente "copiar" o post de outro blog, colocando CLARO seus devidos créditos.
"Decifrei" a letra, traduzindo e mais ao final do post, explicando alguns detalhes.
*********************************************************************************

Assim como La Llorona e Adelita tem sua história, também “La Cucaracha” tem uma história de revolução.
Parece ser que a primeira versão da canção chegou com os conquistadores espanhois, mas, durante a revolução de Villa e Zapata, La Cucaracha refíre-se a um personagem especial. Um general chamado Victoriano Huerta.
En 1913 se produjo una verdadera revolución en la letra de “La Cucaracha”.
Muy natural, porque esto ocurrió durante la Revolución Mexicana.
A la canción se le agregaron versos de escarnio contra el general Victoriano Huerta,
viejo malandrín, rastrero, hipócrita, estrafalario, borracho, marihuanero,
ridículo y malvado. Lo único bueno que se le podía reconocer en la vida
era la excelente marihuana que fumaba de día y de noche.
Tenía el uniforme con eternas manchas de grasa y de vino y despedía un olor
a basura y a suciedad antigua, inmemorial. Sus bigotes eran lacios,
con restos de comida vieja y olor a marihuana rancia.
Por alguna razón que no me puedo imaginar, la gente le puso el apodo de La Cucaracha .
Huerta caminaba tambaleándose de una manera grotesca porque invariablemente
se encontraba borracho. Pero cuando no andaba con sus tequilas puestas,
caminaba tambaleándose de una manera grotesca porque además de las virtudes
ya enumeradas era cojo y patituerto. Unos decían que Dios lo había querido
perjudicar al crearlo porque sabía de antemano lo malvado que le iba a salir ese retoño.
Otros afirmaban que el tipo se había vuelto malo para pagar todos los favorcitos
que había recibido de Dios. Sea como fuere, Victoriano se las arregló para trepar
hacia el poder dejando en el camino un reguero de cadáveres. Sus hazañas incluyeron
el asesinato del Presidente Francisco I. Madero y la invitación que extendió
a los gringos para que invadieran el territorio mexicano.”
Segundo luitasem no norte com Villa ou no Sul com Zapata, as versões podem ser diferentes, fazendo alusões a fatos concretos de cada tropa.
Esta é uma delas:

La Cucaracha

Coro:
La cucaracha, la cucaracha,                   (a barata, a barata)
Ya no puede caminar;                           (Ele não pode andar)
Porque no tiene, porque le falta            (Porque não tem, Porque lhe falta)
Marijuana que fumar.                            (Maconha para fumar)
Ya murio la cucaracha,                          (A barata morreu)
Ya la llevan a enterrar,                          (Vamos ter que enterrar)
Entre cuatro zopilotes                           (Entre quatro urubus)
Y un raton de sacristan.                         (E um sacristão do rato) (??)
Con las barbas de Carranza,                   (Com barba de Carranza*)
Voy a hacer una toquilla,                       (Estou fazendo um cachecol)
Pa’ ponersela al sombrero                     (Pa' Para coloca-lo junto ao chapéu)
De su padre Pancho Villa.                      (De seu pai Pacho Villa)
Un panadero fue a misa,                        (Um padeiro foi a Missa)
No encontrando que rezar,                    (Não encontrando o que rezar)
Le pidio a la Virgen pura,                      (Pediu a Virgem Pura)
Marijuana pa’ fumar.                             (Para fumar maconha)
Una cosa me da risa:                             (Uma coisa que me faz rir: )
Pancho Villa sin camisa;                        (Pancho Villa sem Camisa)
Ya se van los carrancistas                      (Lá se vão os Carranzistas)
Porque vienen los villistas.                    (Porque vem os Villistas)
Para sarapes, Saltillo;                           (Para os Cobertores, Saltillo**)
Chihuahua para soldados;                     (Chihuahua*** para os soldados)
Para mujeres, Jalisco;                          (Para as mulheres, Jalisco****)
Para amar, toditos lados.                      (Para o amor, todos os lugares)

A que vos deixei no video, para que vejas que o espírito da revolução não morreu no México.
*******************************************************************

Obs: 
*Carranza: foi um dos líderes da Revolução Mexicana. Acabaria por tornar-se presidente do México e foi durante o seu mandato que a atual constituição do México entrou em vigor.
**Saltillo: é uma cidade do México capital do estado de Coahuila. Há 400 km ao sul da fronteira com o Texas, do Estados Unidos.
***Chihuahua: Chihuahua ou Chiuaua é o maior dos 31 estados do México.
****Jalisco: Jalisco é um dos 31 estados do MéxicoA capital do estado é a cidade de Guadalajara.

Essa versão foi, certemente, feita pelo revolucionários ao Norte do México.

Fontes:
http://oescunchador.wordpress.com/2007/05/08/la-cucaracha/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Venustiano_Carranza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saltillo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chihuahua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jalisco

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Monólogo Ao Pé Do Ouvido - Nação Zumbi

Olá, 
Mais uma música decifrada hoje. Vou continuar com Nação Zumbi.
Hoje decifraremos: 

Monólogo Ao Pé Do Ouvido - Nação Zumbi



No Cd essa música vem acompanhada de "Banditismo Por Uma Questão de Classe", mas ela é utilizada como uma introdução ao cd "Da Lama ao Caos".
Vamos à análise:

Modernizar o passado
É uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui
Não preciso delas!
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos

(Nessa parte, Chico Science inicia falando sobre como as letras antigas ainda são muito bem interpretadas para os dias de hoje, e ainda são muito bem lembradas.)

O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
o orgulho, a arrogância, a glória
Enche a imaginação de domínio
São demônios, os que destroem o poder bravio da humanidade

(Agora ele cita sobre a necessidade natural do homem em lutar. Quando se sente medo, se tem coragem para defesa. Quando se tem um grupo grande, tem-se a necessidade de lutar por comida, por companhia, por qualquer coisa que tenha que ser dividido. O Instinto do homem o leva ao "orgulho", "arrogância" e "domínio". Fala também sobre as pessoas que atacam esses homens (policiais, exército...) que destroem esse "poder bravio" e são enviados por governantes.)

Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi!
Antônio Conselheiro!
Todos os panteras negras
Lampião, sua imagem e semelhança
Eu tenho certeza, eles também cantaram um dia.

(Zapatafoi um líder importante na chamada Revolução Mexicana de 1910 contra a ditadura de Porfirio Díaz. Considerado um dos heróis nacionais mexicanos.
Sandinofoi um revolucionário nicaraguense líder da rebelião contra a presença militar dos Estados Unidos na Nicarágua entre 1927 e 1933. Rotulado como bandido pelo governo dos Estados Unidos, suas ações torná-lo-iam um herói em grande parte da América Latina, onde é considerado um símbolo da resistência à dominação estadunidense.
Zumbi:  foi o último dos líderes do Quilombo dos PalmaresZumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. A data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra.
Antônio Conselheirofoi um líder social brasileiroFigura carismática, adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no sertão da Bahia, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, índios e escravos recém-libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos em 1897.
Panteras Negras: Partido negro revolucionário estadunidense, fundado em 1966 em Oakland - CalifórniaOs Panteras Negras tornaram-se eventualmente um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros no pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada "América Branca", a libertação de todos os negros da cadeia, e o pagamento de compensação aos negros por séculos de exploração branca
Lampião: Foi um cangaceiro brasileiro. No nordeste do Brasil, Lampião é conhecido como o Robin Hood do agreste brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.

O que eles têm em comum??? TODOS eles lutaram pelo povo, TODOS eles lutaram contra seu governo corrupto e elitista. TODOS eles são líderes de revoltas que mudaram a história de seus países de origem.)



********************************************************************
Mais uma vez, deixo claro aqui, qualquer dúvida, sugestão ou reclamação será bem vinda nos comentários, para sempre melhorarmos.

Então, até a próxima.
Karol Almeida.

Fontes:
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=hYytZEO-GAA
Letra: http://letras.terra.com.br/nacao-zumbi/77649/
História:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Emiliano_Zapata
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_C%C3%A9sar_Sandino
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zumbi_dos_Palmares
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Conselheiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Panteras_Negras
http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Chico Science & Nação Zumbi - Banditismo Por Uma Questão De Classe

Sejam Bem Vindos ao blog Decifrando História.


Bom, para começarmos, explicarei um pouco do blog, e logo em seguida, a nossa primeira análise.
Nesse blog tentarei decifrar o máximo possível de músicas (Nacionais ou não), poesias, imagens, charges, e demais tipos de arte sobre fatos históricos.


Para iniciarmos bem o blog, irei analisar a música:

Banditismo Por Uma Questão De Classe - Chico Science & Nação Zumbi 

Composição: Chico Science 

Segue o vídeo e a letra junto à análise.





Há um tempo atrás se falava de bandidos  
Há um tempo atrás se falava em solução
Há um tempo atrás se falava e progresso
Há um tempo atrás que eu via televisão
(Cangaço (meados do séc. XIX ao início do séc. XX) foi uma dos movimentos acontecidos na República Velha, nos sertões nordestinos, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão brasileiro, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo. Normalmente esses Cangaceiros eram guiados por líderes messiânicos, como por exemplo Antônio Conselheiro. Nessa parte cita-se as palavras chave "Bandidos", "Solução", "Progresso", essas palavras faziam parte de discursos feitos na conhecida República da Espada (1889-94), onde se pregava "Ordem e Progresso" e era comandada por Militares.)
Galeguinho do Coque não tinha medo, não tinha
Não tinha medo da perna cabiluda
Biu do olho verde fazia sexo, fazia
Fazia sexo com seu alicate
(Na história de Pernambuco, alguns nomes de criminosos que atuavam nas décadas de setenta e oitenta, viraram lenda nas crônicas populares. Galeguinho do Coque”, começou a praticar pequenos furtos ainda adolescente. Ele era diferente do esterótipo dos meninos de rua incutido na mente de quase todo mundo: menino negro ou mulato. O que tornou o Galeguinho do Coque famoso foram as suas espetaculares fugas. Ele assaltava e fugia para o Coque, ninguém o encontrava. Em 1971, entretanto, ele foi preso e condenado. "Biu do Olho Verde", um jovem de 17 anos, nascido nos Bultrins, periferia de Olinda, além de assaltante era torturador, gostava de submeter suas vítimas – na grande maioria, mulheres – a torturas. Uma das histórias que contam sobre ele diz que, depois de assaltar uma mulher ele perguntou: “quer levar um tiro ou um beliscão?” Logicamente, aterrorizada pela possibilidade de ser baleada, a mulher optou por um beliscão. Ele, então, sacou de um alicate e arrancou os mamilos dos dois seios da mulher, que ficou agonizando de dor.
Dois nomes que aterrorizaram o Recife. No Nordeste, esse tipo de discussão remete sempre à figura de Lampião, tal que era o representante máximo do Cangaço no Nordeste Brasileiro.)
Oi sobe morro, ladeira, córrego, beco, favela
A polícia atrás deles e eles no rabo dela
Acontece hoje e acontecia no sertão
Quando um bando de macaco perseguia Lampião
E o que ele falava outros hoje ainda falam
"Eu carrego comigo: coragem, dinheiro e bala"
Em cada morro uma história diferente
Que a polícia mata gente inocente
(Nessa parte à uma comparação da vida de Lampião (Cagaceiros) com os dias nos anos 90 em favelas do Brasil. Fala sobre a perseguição policial, e da Coragem desses homens do Cangaço (ou da favela, atualmente). )
E quem era inocente hoje já virou bandido
Pra poder comer um pedaço de pão todo fudido
Mostra-se também uma realidade antiga no País: Crianças e adolescentes, desiludidos com suas realidades, que entram pro mundo do crime para tentar fugir da miséria, da fome.
Banditismo por pura maldade
Banditismo por necessidade
Banditismo por pura maldade
Banditismo por necessidade
Banditismo por uma questão de classe!
Banditismo por uma questão de classe!
Banditismo por uma questão de classe!
Banditismo por uma questão de classe!
(Demonstra-se a ideia da frase: Banditismo Por Uma Questão De Classe: -Banditismo: era chamado o tipo de movimento feito pelos Cangaceiros. Eles roubavam pela miséria, pela fome, pelos ideais de repartir os "frutos"(roubos) com o restante de seu povo. Daí a ideia de "por necessidade", "por pura maldade" e "por uma questão de classe (social)". )
******************************************************************************************
É impressionante como essa letra retrata um pouco da nossa realidade no Brasil até hoje, se formos comparar com nossas favelas.
Bom, espero que tenham gostado. Estarei sempre postando novas ideias decifradas. Qualquer sugestão, reclamação ou opinião será bem vinda nos comentários. Expressem suas ideias também.
Até a próxima.
Karol Almeida.
Fontes:
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=YmXUQ1-6f9c
Letra: http://letras.terra.com.br/nacao-zumbi/77650/
História: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rebeli%C3%B5es_na_Primeira_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canga%C3%A7o
http://rejanecalazans.blogspot.com/2007/08/personagens-galeguinho-do-coque.html